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Simples, Reativos, Metálicos: O que saber sobre vidrados cerâmicos

Tal como a forma, também o vidrado é determinante no design de uma peça de cerâmica decorativa. Por um lado, oferece resistência e proteção à peça, até então virgem (chacota), e por outro permite decorá-la num sem número de opções que definirão qual o seu estilo – Moderna? Clássica? Casual? Sofisticada?

O que são vidrados cerâmicos?

Tratam-se, em bom rigor, de um revestimento que é aplicado na cerâmica após a primeira cozedura através de várias técnicas – do mergulho, à vidragem à pistola, a outros métodos mais ou menos experimentais. Graças às várias composições dos vidrados, sejam as disponíveis no mercado, sejam as composições criadas internamente – são inúmeras as cores, tonalidades, tipos, composições.
O leque de possibilidade é quase infinito e a maior dificuldade é mesmo saber que caminho seguir.  A Arfai dá uma ajuda: organizámos os principais vidros e explicamos o que há a saber sobre eles e, mais importante, o que dizem eles sobre a cerâmica.

Vidros Simples

Vidros Simples | Básico & Intemporal

Dependendo da sua composição, os vidrados simples podem ser opacos/mates ou translúcidos. Em qualquer um dos casos, são vidros que preenchem a peça cerâmica numa única tonalidade e na totalidade, sem defeitos. São, por isso, vidros resistentes à água, o que os torna adequados à decoração de peças utilitárias.
São vidros regulares, já que são relativamente fáceis de controlar, oferecendo maior uniformidade no aspeto final após a cozedura. São económicos e ideais para conseguir um aspeto simples, básico e, quando a aposta recai sobre cores neutras, intemporal.

Vidros Reativos

Vidros Reativos | Único da sua Espécie

Em bom em rigor, são reativos todos os vidros que não são simples, mas para facilitar damos o nome de vidros reativos à família de vidrados que, após a ebulição durante a cozedura, resultam numa reação estética única e surpreendente.
Ao contrário dos vidros simples, estes não garantem impermeabilidade à água, pois a ebulição não permite um preenchimento total da superfície e a geração de poros no vidrado faz parte do processo. São, contudo, acabamentos cheios de carácter, de aspeto mais ou menos orgânico, capazes de fazer de cada peça uma peça única e inimitável.

Vidro Craquelê

Vidro Craquelê | Um toque de Passado

O Craquelê é um acabamento que imita o efeito de envelhecimento da cerâmica. Ao longo dos anos, a humidade, o calor, o frio e outras adversidades provocam o estalar da camada vítrea, resultando no chamado craquelê. Em produção, este estalar é intencional e acontece durante a cozedura, pois neste vidrado o coeficiente de dilatação térmica é bastante superior ao da pasta.
Não garantindo impermeabilidade à água, o padrão formado pelos veios do vidro estalado transmite um curioso toque de maturidade.

Lustrina

Lustrina | Discreta Elegância

Em bom rigor, a lustrina não é um vidrado cerâmico, mas uma solução química adequada à decoração de superfícies cerâmicas. Aplicada na peça já vidrada num processo designado por terceiro fogo, a lustrina cria uma fina camada na superfície do vidrado, que se caracteriza pelo seu brilho metálico e/ou iridescente.
Ao exigir uma terceira cozedura é um efeito mais custoso, mas ideal para um toque subtil de elegância. As peças com lustrina, mesmo num formato mais casual, adquirem uma graciosidade que facilmente justificará o seu custo em prateleira.

Selenium

Vidro Selenium | Cor, Textura e Intensidade

Do amarelo selénio ao sangue de boi – os vidros selénios são donos de características únicas que conferem à cerâmica cores de intensidade e textura inimitáveis. Uma solução de decoração muito própria e diferenciadora?

Metálicos

Vidros Metálicos | Brilho e Sofisticação

Graças aos óxidos presentes na sua composição, os vidros metálicos transformam uma humilde peça cerâmica, numa peça de luxo e sofisticação. Conferindo à cerâmica o mesmo aspeto de metais preciosos como ouro ou prata, o vidrado metálico é uma solução de acabamento ideal para trabalhar ofertas que se enquadrem num segmento médio-alto.